Material referente ao Projeto Vivendo a História
Durante o Período Sengoku, guerra
e morte foram palavras muito utilizadas. Uma disputa louca pelo poder tomou
conta de todo o Japão e de todo o seu povo num conflito infeliz e duradouro.
Enquanto o Shogun e seus Vassalos viviam na capital, Kyoto, desfrutando dos
impostos de suas terras, nelas, seus administradores usurpavam o poder, faziam
acordos com a população e com seus vizinhos, construíam forças particulares
longe do conhecimento de seus senhores.
Contudo, quando ficou claro que
uma nova ordem política estava emergindo sob os pés dos poderosos, e
derrubando-os, o auge da Era das Guerras foi declarado. Os exércitos começaram
a se movimentar e as extensas terras de cultivo começaram a ser irrigadas com seu
sangue.
A guerra civil tornou-se drástica
e monstruosa. Enquanto uns lutavam por poder, outros lutavam para mantê-lo. As
décadas de conflito e caos consumiram as forças dos japoneses, principalmente
dos Ashikaga, que estavam no poder há mais de dois séculos e agora já não
conseguiam estender sua vontade para além de seus jardins.
Até que, movidos por diferentes
ambições e ideais, alguns senhores de terras e chefes militares se uniram numa
empreitada que visava consolidar um poder pacificador e centralizador no Japão.
Através da guerra eles buscaram a
paz.
Através do caos, estabelecer a
ordem.
Através do medo, trazer
esperança.
E através da morte, uma vida nova
ao povo japonês.
O primeiro foi Nobunaga, do clã
Oda, o segundo, seu vassalo, Hideyoshi, do clã Toyotomi. E por fim, aquele que
recebeu o título de Shogun, Ieyasu, do clã Tokugawa.
A soma de suas renomadas proezas
permitiu que estes três homens unificassem, debaixo de uma mesma bandeira,
todas as terras do Japão e através do ênfase que deram à simbólica figura do
Imperador foram capazes de imbuir a si mesmos com semelhante esplendor.
Massacraram seus inimigos,
perseguiram seus opositores, desarmaram os camponeses, fortaleceram suas
fronteiras, controlaram os impostos, reestruturaram os cargos burocráticos,
reorganizaram o mapa político, e começaram a definir de forma decisiva os
caminhos que o Japão, agora, trilharia.
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