Sugestões, Pedidos e Dúvidas

Bem, espero que todos sintam-se livres para requisitar trabalhos específicos, sugerir procedimentos de postagem, fazer algum pedido ou tirar qualquer dúvida.

Agradeço pelas visualizações, mas agradecerei ainda mais pela participação no trabalho! Sintam-se livres para comentar e participar da construção das obras que serão para todos nós!

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13 de fevereiro de 2014

Inspiração - Pense sobre isso, ou não



Para que as palavras que eu escrevo possam fazer sentido para aqueles que leem temos que concordar em dois diferentes aspectos: A vida de qualquer ser é inestimável e a felicidade, tenha ela a forma que for na concepção de cada indivíduo, é a meta de cada ser humano, nela.


Guardamo-la como nosso bem mais precioso, e cada escolha que fazemos é pontuada pela nossa concepção de felicidade, mesmo que depois ela venha a se modificar. Contudo, ao observar as ações que movem todo o mundo, parece-me que muitas das pessoas esquecem-se que não são elas as protagonistas da grande História, que juntos construímos e temos construído ao longo dos, já, milênios e, portanto, esquecem-se também que suas escolhas e decisões incorrerão sempre em infinitas consequências que alterarão a grande História, e logo as histórias menores, mas não menos magníficas ou importantes, de forma positiva ou negativa, ou seja, nos desejos e anseios dos demais.


Acredito que a História seja a própria protagonista, onde todos os plots secundários se conectam, entremeando-a com novas perspectivas. Mas existem alguns 'elementos' que fazem esta enorme máquina favorecer a uns e outros, e adotar rumos que, constantemente, privam uma enorme maioria dos dois aspectos que concordamos no início do texto.


Aqui, não desejo cair em contradição, e por isso apresentar um argumento que seja verdadeiro, ou máximo. É importante que seja unânime a perspectiva de que para que se possa atingir ambas as metas busquemos sempre o equilíbrio. O que proponho então é nada mais do que uma reflexão.


Com toda a tecnologia, o conforto, o egoísmo, a descrença, a desconfiança, a inveja, a arrogância, a prepotência, a mentira, a preguiça... Criamos uma sociedade, de modo geral, fria, ignorante, despreocupada, incoerente, desumana. Deixamos os nossos sentimentos de lado quando temos que tratar de algo mais profissional, deixamos nossos desejos de lado quando temos que nos adequar a uma rotina, deixamos a alegria e a vida dos outros de lado quando temos que preservar a nossa. A todo custo!


E isso é mesmo tão recente assim? Mas não é essa a questão que me põe pensando agora. O que significa arrependimento? Ele é necessário para as nossas vidas? Ele nos põe um passo mais próximo da felicidade? E o medo? E o sucesso? O que é o sucesso? O sucesso de outrem implica, necessariamente, no seu fracasso? É claro que eu preciso perguntar sobre o dinheiro, mas talvez isso complexifique demais as coisas.


Com frequência demais, ao meu ver, copiamos, replicamos, buscamos as fórmulas da felicidade nos outros. Como quase tudo, até na busca que deveria ser, novamente, ao meu ver, a busca de nossas vidas, buscamos o caminho mais rápido. Mais fácil, mais seguro, mais confortável. Afinal, não temos muito tempo de vida, não é mesmo? Não temos muito tempo fora da escola, ou fora do trabalho, ou fora de casa... a questão é sempre o tempo mesmo.      


Que grande vilão ele é...


Talvez seja este o grande maldito que devamos culpar, não as armas de destruição em massa, não as multinacionais que exploram interminavelmente outros humanos, sugando suas vidas e suas felicidades no vórtice lucrativo dos grande empreendedores, não a corrupção que transforma a vida de milhares de pessoas numa longa pena pela qual tenham que passar, observando a felicidade em cada canto da casa de um cômodo só, se tiverem a sorte de ter uma casa, já que o Tempo, aquele maldito, pode tê-la levado com a água, ou o ar, seus filhos pródigos. Também não devemos culpar, quem sabe, a alienação, afinal, ela existe mesmo? Será que roubaram mesmo de mim a minha própria existência? É claro que não... Impossível, não é mesmo?


"As decisões da minha vida foram todas minhas! E a felicidade que tenho, alcancei com minhas próprias mãos!" E, se eu te perguntasse: O que é felicidade? Você saberia me responder?


Pense no tempo que tem, pense em como o está gastando, pense se a sua felicidade é a sua meta, pense se o que faz não aniquila a felicidade alheia, pense em quanto se importa com você mesmo, e pense também no quanto você se importa com os demais. Pense no quanto você precisa dos outros e no quanto os outros precisam de você.


Pense no que pode fazer para que a Grande História seja escrita com tinta, ou com hologramas, que seja, mas pense na necessidade dos capítulos que pingam sangue. Pense no que eles nos contam. Pense no que a morte diz sobre a vida, e no que o tempo diz sobre as duas. Pense no que é felicidade para você. Pense no que deva ser felicidade para os outros, mas não obrigue-os a pensarem como você. Pense no que significa liberdade, e pense se somos livres de fato. Pense sobre como deveria ser nossas vidas se fossemos livres de fato. Seria bom? Seria ruim? Por quê?


Pense no tempo, pense na felicidade... pense em você. Pense nos outros.


Pense.
 
Se tem algo que eu realmente gostaria de pedir a todos que chegaram até aqui neste lamurioso e enfadonho texto é isso.


Com alguma frequência eu me sinto impotente, me sinto só, nadando contra uma enxurrada. Lamento à noite, sozinho, não poder fazer nada para alterar o rumo de todo um cardume, cópias uns dos outros, com ideias iguais, justificativas iguais, roupas, rostos, sonhos. Cópias de algo que um dia funcionou para alguém mas que não percebem ser só uma mentira.

É mais fácil acreditar que só eu esteja errado, e talvez esteja mesmo.

Mas é daí que tiro a vontade de continuar tentando. A sensação, às vezes, é de que consegui mudar de rota, emergir, respirar, libertar-me, e tento apenas mostrar que é possível. Sem saber se eu devia mesmo ter emergido: sem saber que a vida pode ser diferente, sem saber que nem tudo há de ser como nos dizem.

"Sim por que sim"

Mas quando volto ao fundo para contar para mais alguém me sinto tão perdido, sem saber o caminho que é o mais correto. Se é que há um caminho mais correto. Por isso suponho que cada um tenha um, mas seria apenas fácil demais, acreditar que seja o mesmo caminho para todos não é? E se for, que ao menos todos saibam por que estão nele. Que todos, ao menos, tenham-no escolhido. Tenham olhado e compreendido cada outro que há, e escolhido o melhor ao invés de simplesmente deixar-se arrebanhar para aquele que dizem ser.

12 de fevereiro de 2014

Inspiração - Sonhos Meus



Numa noite insone os sonhos vem sem que seus olhos se fechem. Como se estivessem aguardando pela possibilidade de te mostrar a realidade do que se passa na sua mente, com a certeza de que as imagens que vem turbilhonar-lhe as ideias fixem-se em sua memória, à fim de que você possa concretizar seus desejos e seus anseios. Mesmo aqueles secretos e misteriosos que rastejam longe da luz para que não sejam vistos pelos que não possuem as lanternas do seu íntimo.


Nesses momentos você os cria e os recria, os faz crescer e os julga impossíveis, alimenta-os, ou mata-os, questionando-se sobre sua verdadeira existência, e fantasia com a realidade que eles poderiam lhe trazer. Mas, quando parecem tão incríveis que você não poderia ter força para deixá-los, você agarra-se a eles com tanta força e os vive tão intensamente que esquece-se que são apenas sonhos.


Apenas sonhos?


Apenas?


Não seriam o bastante, na verdade, para te fazerem respirar melhor, sorrir mais, refletir mais profundamente sobre a verdadeira felicidade, e buscá-la?


Por isso, gosto de viver meu sonhos, tão intensamente que me convençam de sua realidade, pois eles estão ali, eu os sinto, eu os vejo, todos os meus sentidos são despertados para ele. Minha emoção e minha vontade se depositam neles com tanto ímpeto, que mergulho no mar mais profundo de mim mesmo, e me afogo em tudo o que há em mim, até que eu esteja pronto para sair e viver.


Viver-me.


Plenamente.


Talvez seja por isso que gosto tanto de escrever, pelo menos por isso também.