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14 de março de 2014

Vivendo a História - Estalajadeira

Conteúdo referente ao Projeto Vivendo a História


Gyōsha no Akemi foi a segunda filha a nascer, no ano de 1565, vinda de uma família de fidalgos, os Shukun, proprietários de terras em Okayama. E como toda mulher japonesa, aprendeu a cuidar e gerir o lar, as finanças e as terras de sua família. Foi educada por sua mãe e irmã mais velha a obedecer seu pai, honrar e cultuar seus ancestrais e a preparar-se para o casamento, onde honraria e respeitaria seu marido. Foi instruída para o preparo correto do chá, dos arranjos florais, Ikebana e dos cuidados para com a família: tanto de sua saúde quanto de seus espíritos.


Durante sua infância, lembra-se de ter presenciado o início da construção do castelo de Okayama e o crescimento da cidade, por conta do incentivo a muitos comerciantes e artesãos para que viessem viver na província de Bizen. Ela e a irmã admiravam as mulheres dos comerciantes nas ruas, com seus belos quimonos de verão. Isso tudo foi iniciado pelo antigo daimyo, Ukita Naoie, que foi o responsável pela prosperidade vivida hoje por todos da província. 


Quando seu velho pai faleceu, em 1577, seu irmão mais velho foi quem arranjou para sua irmã um bom casamento no ano seguinte, com o filho de uma honorável família samurai, do clã Ikeda, cujo Senhor servia, na época, ao exército de Toyotomi Hideyoshi, assim como veio a fazer o nosso daimyo, em suas campanhas na Coréia. Contudo a irmã faleceu de varíola há dez anos atrás, em 1592.


Por aqui Akemi, aos seus dezenove anos, foi arranjada junto com uma abastada família de comerciantes, os Gyōsha, que haviam chegado há pouco tempo em Bizen. Hoje em dia, junto de seu marido, tomam conta de uma requintada hospedaria no centro de Okayama. Em seu estabelecimento recebem os viajantes que atravessam sua província, Bizen, vindo do sul em direção às capitais, Edo ou Kyoto, ou vindo do norte e indo para as cidades portuárias mais ao Sul, nas ilhas de Kyushu ou Shikoku, onde o comércio é efervescente.


Ao perceber todos os gananciosos passos de seu irmão mais velho, Akemi, começou a deixar de visitar sua família, e evitar ter de conversar com Kenmeina. Via nele, cada vez mais, um olhar sonso e ardiloso, e preocupava-se com a desonra que ele poderia trazer para seus antepassados. Por mais que agora ela fizesse parte da família do marido, ainda importava-se com aqueles que viveram junto dela, e morreram, como a irmã, para satisfazer os desejos de riqueza do irmão.


Agora, com o festival que terá início, ela e seu marido têm estado muito sobrecarregados com a recepção dos diversos viajantes que buscam por hospedagem, enquanto aproveitam para conhecer a região. A maior parte deles são ronin que vieram tentar a sorte na inauguração do novo dojo, ou artistas que buscam por uma oportunidade de reconhecimento dos nobres que estarão passando por aqui.


Suas responsabilidades tem sido recepcionar com educação e calma seus mais diferentes clientes, provê-los com boa comida, chá e saquê, banhos quentes nas termas, conceder-lhes ambientes limpos e privados para suas conversas e fazer tudo funcionar em ordem.

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