A
criação de nosso mundo se deu com a chegada de dois poderosos
irmãos ao nosso planeta. Os gêmeos Hironill e Arthanór, que
decidiram se estabelecer aqui durante algum tempo. A massa
energética, a princípio, resumia o planeta que um dia seria
conhecido como Terra. Tamanho poder chamou a atenção dos dois
virtuosos controladores.
Moldaram então o mundo a seu
desejo, nada lhes era mais prazeroso. Juntos controlavam o infinito,
e suas disputas de poder, quando ocorriam, levavam milênios.
Com seus poderes, juntos,
transformaram a energia em água, fogo, terra e ar.
Primeiramente a terra, que
daria suporte ao restante. Metamorfosearam parte da poderosa energia
em rocha irregular, criando uma enorme superfície a qual, em
seguida, cobririam com água, preenchendo os espaços entre os picos
pedregosos. No espaço restante puseram o ar, que soprava em todas as
direções movimentando a água e tangendo a rocha. Os irmãos
puseram o fogo, então, sob tudo aquilo. O elemento mais rebelde, que
anseia por espaço para reinar. Durante algum tempo o espaço
reservado a ele fora o bastante, mas logo tentou sair, abrindo
caminhos através da rocha e jorrando para a superfície.
O mundo conservou-se assim
durante muito tempo. Os irmãos assistiam àquilo fascinados,
orgulhosos de seu trabalho.
Até que, de uma fonte
desconhecida, uma tempestade atormentou a Terra. Enfureceu os
elementos, e em frente aos irmãos surgiram duas mulheres.
Como se desabrochassem do nada
surgiram Neya e Teya. Elas foram tomadas por Hironill e seu irmão, e
por eles educadas, moldadas como a energia para agirem da forma que
seus maridos ordenavam. Eles as concederam também a arte da
modelagem multiversal e as ensinaram a forma apropriada de fazerem
isso: através da magia. Dessa forma, Neya desenvolveu o poder da
cura e Teya o poder da morte, mas nenhum desses poderes era útil se
não havia nada o que curar ou o que matar.
Começaram então a
providenciar isso.
Entretanto, antes de se
ocuparem com o povoamento do planeta, tinham de deixar alguém
tomando conta dos elementos, para que não se revoltassem novamente.
Foi quando tiveram uma idéia.
Invocaram o poder primordial de cada um dos elementos e os
transformaram em poderosas entidades que os controlariam.
Tendo então o planeta sob
controle iniciaram a reprodução, gerando outras criaturas, outros
deuses e estes novos deuses, mais deuses... A magia teve um papel
importantíssimo nisso tudo, e os descendentes dos Criadores, como
eram chamados, começaram a modelar o mundo também. Desenvolviam
novas técnicas de magia, criavam novas raças, novas espécies.
Alguns deuses criaram os metais, outros a madeira, as árvores, os
animais, os minérios... tudo!
Passeavam pela terra recém
criada, caminhando pelo mundo quando quisessem. Criaram os orcs,
elfos, anões, halflings, gnomos, fadas, e tudo que a criatividade os
permitia, não passavam de crianças engenhosas em busca de diversão.
Assim o mundo começara a
formar-se de fato. Rusticamente.
Alguns dos seres primordiais
receberam doses extras da magia inconstante que pairava sobre a terra
tornando-se tão poderosos quanto os deuses menores, filhos do duplo
casal gêmeo.
Durante esta época ergueram
Athnarda onoe Varinn, como denominaram sua cidade e de lá observavam
o que se passava no mundo habitado por seus brinquedos, vez ou outra
interferindo em suas vidas.
Hironill e seu irmão não
alteraram mais de forma alguma o mundo, pois seria desleal com seus
filhos, já que eles eram portadores de tanto poder.
Porém, sem que ninguém
soubesse além de sua mulher, que o ajudou, Arthanór criou uma raça
extremamente poderosa. Com características superiores a qualquer
outra já criada por seus descendentes. Seus corações foram criados
com puro ódio e vilania, o desejo de sangue era ilimitado e
insaciável.
Essa raça tornou-se o
exército particular de Arthanór que os fez marchar sobre toda a
terra, caçando, matando e aniquilando tudo que fora criado até
então. Os deuses irritadíssimos com o egoísmo de seu ascendente
reclamaram a terra de volta, mas Arthanór apenas os ignorou.
Correram então à procura de Hironill, que veio juntar-se a eles
para saber o que acontecia.
O deus da justiça ficou ao
lado dos filhos, que apontavam Arthanór como um traidor egoísta. E
foi com isso que uma nova guerra começou. A primeira guerra a
envolver tantos indivíduos, mas apenas mais uma na incontável lista
de duelos entre os irmãos, que sempre terminavam em empates.
A disputa rachou montanhas,
dividiu mares, parou o vento e atiçou o fogo. Os disparos de energia
rompiam com a capacidade de compreensão dos mortais que assistiam, e
participavam do combate, adotando um lado contra o qual lutar.
Os irmãos lutavam vorazmente
com suas armas divinas que foram forjadas durante os milênios que se
sucederam à Tempestade. Teya chacinava seus oponentes,
arrancando-lhes a vida que tinham e transferindo-os para seu lado, na
forma de aliados espectrais. Neya lutava para manter vivos os feridos
que desfaleciam, e lançava-os de volta ao combate.
Deuses e mortais caíram aos
milhares na Grande Guerra, e jamais voltaram a viver. O sangue
manchou o planeta, seu campo de batalha, e incrustou-se nas camadas
mais profundas da terra.
Foi quando Hironill teve um
plano. Pediu para que alguns de seus descendentes buscassem os
elementais, e selassem seus espíritos nas preciosas pedras que lhes
servia de coração. Seus artífices trabalharam em cinco poderosas
armas, quatro delas acomodariam os elementais. E a espada, que era a
quinta, alojaria o poder de Arthanór, para que este nunca mais
pudesse usá-lo para o mal.
Os deuses obedeceram a seu
pedido e buscaram durante décadas pelos quatro espíritos
primordiais. Enquanto isso Hironill resistia às baixas em seu
exército ao lado de sua mulher e seus descendentes. Arthanór e Teya
ansiavam pela aniquilação das raças frágeis criadas por seus
parentes, e regozijavam-se pelas mortes e pelas vidas que deixavam o
lado do irmão para juntarem-se ao deles, na forma espectral da morte
tão bem controlada por sua deusa.
Em dado momento, anos mais
tarde, quando a guerra estava prestes a ter um fim, Hironill,
trazendo consigo a espada mais poderosa já forjada, seguido por
outros quatro deuses que empunhavam os artefatos portadores das
forças mais extraordinárias, avançou sobre o campo sangrento em
direção a Arthanór.
O deus sobressaltou-se ao
avistar os elementos ao lado do irmão e tentou fugir. Mas era tarde
demais, o poder imensurável das armas insólitas devastou o campo,
enquanto Hironill pisoteava o exército mortuário de seu irmão
investindo contra ele.
Hironill segurava a espada
apontando na direção do peito de Arthanór. Tão leve, tão
resistente, tão maleável e tão destrutiva. Seguido por seus filhos
e sua mulher não preocupou-se com o exército que se opunha a ele.
Este fora dizimado, não importava quantas vezes fosse ressuscitado.
Vulcões irrompiam dos lugares
atingidos pelo machado portador da pedra do fogo, furações se
formavam no rastro dos projéteis disparados pelo arco de vento. O
martelo criava terremotos e fissuras enormes ao colidir-se com o
chão, o tridente, terremotos e tempestades.
A espada segura por Hironill
silvava de excitação, pois sabia que sua sina seria sanada.
Seu fado fora predito durante
sua forja. As inscrições no aço definiam seu emprego. O metal
desejava isso,
o metal ansiava pelo sangue divino do perverso, e cruel, Arthanór.
Mal sabia Hironill que com
aquele golpe esgotaria quase por completo a energia do multiverso.
Afinal, ele e seu irmão eram, em suma, a própria energia criadora
de tudo.
O golpe certeiro atingiu o
coração de Arthanór. Os planos vibraram com o impacto, o
multiverso sentiu a energia que o nutria sendo dragada rapidamente
pela lâmina da espada, indo depositar-se na grande pedra lilás
incrustada em seu punho.
Sóis e estrelas faleceram
junto à força de Arthanór. Planos se aglutinaram transformando-se
em apenas um, sem força para manterem-se separados. Teya gritou
agonizante e contorceu-se de dor e sofrimento. As sombras dos
derrotados se desfizeram e se recolheram ao plano dos mortos.
Os corações dos elementais
se soltaram das quatro armas, tal como a pedra que aprisionara o
poder de Arthanór, e saltaram para o céu.
O fluxo descomunal que
percorrera o fio da espada rompeu-a em seis pedaços, sem contar com
o punho que era o sétimo, preso nas poderosas mãos de Hironill.
Uma explosão de cores ofuscou
a todos no campo de batalha que era o mundo, quando o único ponto de
luz que eram as cinco pedras, bem alto, a voarem para o céu rebentou
em todas as direções reorganizando as estrelas e os astros
celestes. Elas despencaram de volta na terra e nunca mais foram
encontradas por nenhum deus.
Enquanto Hironill
regozijava-se pela vitória sobre seu irmão maléfico, não notou
que parte de seu poder também fora dragado pelo vórtice mortuário.
Então, o corpo impotente e
furioso de Arthanór, sua mulher Teya e sua cria vil de Demônios e
outros lacaios, foram encarcerados sob o fogo da Terra, em Tenterus
ono Etherus Prisnaon. Onde os mortos, maus em vida, eram
aprisionados. Onde o poço dos mortos acolhe as almas ruins e as lava
num eterno turbilhão de dor e agonia.
Hironill, Neya e seus
descendentes retornaram à Athnarda onoe Varinn, e criaram os humanos
e os dragões. Com a força que lhe restava, Hironill requintou e
aperfeiçoou as duas raças, tornando-as poderosíssimas criaturas.
Incumbiu-as de proteger o planeta contras as investidas de Arthanór,
pois o supremo deus da bondade proibira terminantemente que qualquer
outro deus interferisse na Terra, dando livre arbítrio a seus
títeres.
Infelizmente, a bondade de
Hironill o cegara para a possível desvirtuação de suas criações.
Assumindo que seriam boas como ele, e nunca tendo criado nenhuma
outra raça antes, esqueceu-se de privar-lhes da ganância, do ódio,
da inveja, da avareza.
E assim o mundo evoluiu. As
sociedades se formaram, criaram impérios, misturaram culturas e
mesclaram-se, as raças. Até que os humanos desejaram mais, mas não
havia mais o que tomar... Teriam de ficar com o dos outros, e sua
sede por poder e a corrida por riquezas inundou seus espíritos e
logo deram vazão aos outros sentimentos ruins, engatilhando a
corrupção de suas almas, e estas começaram a tender para o caos.
Milhares de anos se passaram.
Tempo o bastante para que o ritual de sacrifício se concretizasse e
para que a busca de Arthanór no mundo material se completasse.
Ao aceitar a morte eterna de
sua esposa para dar-lhe seu ínfimo poder, o deus conseguiu romper o
véu que o separava do mundo material e dominar o corpo de um humano.
Tamanha fora a humilhação sentida ao dominar um ser criado por seu
irmão que quase desistiu de seus planos. Mas ao notar a
versatilidade daqueles seres bípedes, e a tendência de suas almas a
vilania, tomou gosto por sua labuta.
Vagou pelo mundo inteiramente
absorto em sua busca. O poder lhe chamava, a força de seu coração
o guiava, e encontrou a pedra lilás.
Foi quando Hironill percebeu a
presença de seu irmão no lar de seus protegidos e o trancou de
volta no Submundo, reforçando as saídas e entradas para que o
maléfico deus jamais deixasse o mundo inferior novamente.
Porém...
Hironill não notara a pedra
escondida nas mãos do irmão. Este voltou felicíssimo para o mundo
inferior, de volta em seu próprio corpo, com a pedra que aprisionara
seu poder, agora aprisionada em seus dedos.
Arthanór lançou-se contra as
barreiras mágicas que o encarceravam naquele lugar, certo de que seu
poder, contido na pedra, seria mais que o suficiente para superar
meras paredes criadas por seu gêmeo.
Assustou-se a ricochetear no
muro invisível e retornar ao Submundo. Furioso, repetiu o golpe,
apenas para que a mesma cena se repetisse.
Olhou para a pedra segura em
seus dedos rijos, suas sobrancelhas encontrando-se numa carranca de
amedrontadora fúria. A jóia refletia levemente o mar de fogo que
era o céu de seu mundo particular e tênue luz esverdeada que
advinha do poço dos mortos, e a agudeza com que terminava
abruptamente fez Arthanór chegar à óbvia conclusão: A pedra fora
partida.
O urro teria sido ouvido em
todo o multiverso, reverberando pelo ar e açulando os véus de
divisão dos planos. Mas apenas ele e a escória de demônios que o
seguia escutaram seu brado de frustração. O grito resumia em uma
única nota todo o furor de sua alma, toda a vontade de se libertar,
todo o ódio acumulado, a fúria pela morte vã de sua mulher, a
fúria pela perda de tudo o que tinha. O desejo de se vingar de seu
irmão e de todos que a ele estavam ligados... TODOS! Gritou
novamente.
Outros anos se passaram, e era
inacreditável como aqueles seres bestiais e agressivos que seu irmão
tinha criado se tornaram tão requintados e civilizados. E claro,
mais bestiais e agressivos. As sociedades que construíam. As cidades
que erguiam... deixavam as cabanas de lado e trabalhavam em casas de
pedras.
Arthanór assistia a tudo isso
enquanto arquitetava seu plano de fuga, tinha tempo mais do que de
sobra para pensar e trabalhar seu plano. Sem ter sido sua intenção,
seu corpo deixou o Submundo e invadiu o sonho de um homem. Ele a
princípio não compreendeu, mas então percebeu que não passava de
uma projeção astral produzida pela jóia que manuseava.
E foi assim que o poderoso
Arthanór pôde um dia começar sua busca pela libertação, e
retornar ao mundo para vingar-se de tudo que o fizeram. E foi quando
as gigantescas guerras começaram a lotar seus salões de almas sujas
e peçonhentas, bem como as quais mais se identificava.
O homem que selecionara era um
poderoso general. Comandava suas tropas de trás das muralhas de sua
cidade. Em meio à guerra, ele ouviu o chamado de Arthanór. Foi numa
noite de cerco, quando suas tropas caíram aos montes, que enquanto
dormia sonhou com uma catedral construída de ossos.
As pilastras eram formadas de
crânios, as paredes de ossos em geral e algumas tapeçarias velhas e
empoeiradas de predominância lilás a enfeitavam. O altar era uma
grande costela coberta com uma toalha esfarrapada, e atrás do altar,
sentado num trono ósseo de estofado gasto, estava Arthanór. Vestido
com o que a milênios teriam sido roupas suntuosas.
- Quem é você? – Perguntou
o homem assustado.
- Apresentações são pouco
importantes – respondeu o deus olhando o homem de cima e falando
com uma calma intimidante. – Vim apenas comunicar-lhe que escolhi
você...
- Que história é essa? –
Perguntou o homem olhando ao redor, escondendo o pavor que sentia. –
O que quer comigo?
- Escolhi você... –
continuou Arthanór, não podendo falar a coisa errada, pois sabia
que seus poderes não podiam chegar ao plano material, mas no mundo
dos sonhos, tudo era possível. – para me ajudar com uma tarefa
importantíssima. – informou ao homem.
- Não costumo ceder a pedidos
de aparições em meus sonhos – disse o homem, perdendo um pouco do
terror que sentia.
Arthanór ergueu os braços e
os moveu rispidamente, lançando o homem a metros de altura,
estatelando-o contra o teto da catedral. O sangue escorreu pelas
costas do homem que caiu de volta no chão, apavorado.
- Não ouse zombar de mim,
mortal! – Rugiu Arthanór perdendo o controle. – Não seja
estúpido o bastante para isso. Venho aqui oferecer-lhe o que deseja,
em troca do que eu desejo.
O homem enxugou o sangue em
sua boca com a manga de sua túnica.
- E o que é que eu quero? –
Perguntou, em tom desafiador, fechando a cara, duvidando da
veracidade daquela cena.
- Poder, glória, vida eterna,
vitória contra o exército que te cerca, mulheres... – Arthanór
inferia a partir daquilo que sabia depois de tanto tempo estudando
sua raça. – tudo aquilo que eu posso propiciar-lhe... Desde que
aceite colaborar com meu pedido – completou, com um tom mais
afável.
- E qual é o seu pedido? –
Indagou o homem. Arthanór sorriu, conhecia também esse lado dos
humanos. Se ele não fosse aceitar, simplesmente teria negado, mas
não o fez. Ele
queria...
- É algo simples – começou
Arthanór, tirando de dentro da túnica púrpura o pingente que
prendia sua pedra de poder. – Deve conseguir outras quatro pedras
iguais a essa.
O homem olhou encantado para a
pedra que girava e oscilava, pendendo do extremo da corrente dourada
na qual Arthanór a havia prendido.
- Isso meu bom homem – disse
Arthanór, com nojo de si mesmo pelas palavras doces que usava. – É
o artefato mais poderoso do multiverso. E são necessárias para me
trazer de volta a vida.
O homem caminhava hipnotizado
na direção da pedra.
- Você então aceita, através
dos meios que preferir, buscar as quatro outras pedras de poder,
conseguir tanto sangue quanto o que eu derramei em vida e tanto ouro
quanto o necessário para erguer um colosso, grande o bastante, que
me servirá de corpo em seu mundo material? Unir esses três
elementos e trazer-me de volta a vida, da forma correta? –
Perguntou o deus, preparando a magia de encarceramento verbal, um
juramento sagrado, que não pode ser quebrado. Preparara seus dizeres
com antecedência tentando evitar brechas.
O homem balbuciou uma resposta
incoerente deslumbrado pela jóia, e pelas promessas dadas pelo deus.
- Você me dará o que
prometeu quando eu lhe trouxer à vida? – Perguntou o homem, quase
sussurrando. Esticava os braços tentando alcançar a pedra.
- Sim! – Concordou Arthanór
vitorioso.
Ele, que afastava a jóia do
alcance do homem que se movia lentamente em sua direção, deixou-a
cair sobre suas mãos abertas.
Uniu suas mãos providas de
garras e escamas grossas às do homem, mantendo a jóia, sua única
fonte de poder, entre elas. Uma explosão violeta irrompeu do toque,
selando a promessa de ambos. Por mais ambígua que fosse a de
Arthanór.
O homem caiu em agonia,
enquanto o deus apertava a jóia contra a palma de suas mãos
estendidas, proferindo velozmente o longo encanto, sem errar uma
única vez.
Ao soltar a jóia, deixando-a
com o homem, foi lançado de volta ao seu plano: Tenterus ono Etherus
Prisnaon. E o homem ao seu: Terra.
- ERGAM-SE! – Gritava ele,
entusiasmado, segurando o pingente em seu peito. – VAMOS POR ESSES
CÃES SARNENTOS PARA CORRER!
A magnificência daquela jóia
era inimaginável.