Sugestões, Pedidos e Dúvidas

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28 de dezembro de 2014

FanFic de League of Legends - Um novo Campo da Justiça (4/6)



Parte IV
Confronto

                “Os vivos devem morrer... Vocês se arrependerão de ter vindo até aqui... Façam deles um de nós... Há apenas um fim para isso... Façam deste lugar suas tumbas! Matem-nos! MATEM TODOS!” – Os mortos.

                A ilha estava infestada. A energia macabra dos mortos a recobria. Todos já sabiam que o antigo rei havia aberto o portão para o outro mundo, mas ninguém fazia ideia do que havia precedido e sucedido este fato.

                Sem a tripulação para manobrar corretamente o navio, os campeões o ancoraram bem longe da costa para não verem-no chocar-se contra as rochas, devido às fortes ondas formadas pela correnteza que circunda a Ilha. Vadearam até a praia, onde puderam verificar o estado em que aquela terra encontrava-se.

                A floresta parecia ter sido queimada, pois as árvores estavam negras e retorcidas, mas ainda emanavam alguma forma de energia.  Os céus não podiam ser vistos por conta da densa Névoa Negra que não se dissipava por mais que o vento enregelante continuasse a soprar forte e, junto da escuridão perene, impedia que enxergassem à distância.

                Sem outra alternativa, senão adentrar a inescrutável floresta, seguiram na direção que supunham levar ao centro da Ilha. Rios e charcos, fendas e abismos, troncos milenares e espinheiros intransponíveis impediam seu avanço. Além disso, conforme avançavam sentiam presenças cercando-os, seguindo-os, observando-os e preparam-se para o confronto iminente.

                Conhecedores da região os guardiões da Ilha estavam apenas se divertindo, observando-os caminhar perdidos. A floresta era sua morada e os mortos seus companheiros. Lhes seria mais do que prazeroso cobrar suas vidas, seria recompensador.

Conforme atravessavam um córrego, raso e plácido, vislumbraram em seu fundo centenas de ossos: crânios de criaturas que um dia viveram na Ilha das Sombras e agora não passavam de espectros do que foram no passado, fragmentos de uma existência.

Vozes indistintas ecoavam pelos céus. Vez ou outra espíritos deixavam a névoa para atormentá-los, com gritos, sussurros e palavras de ódio. O ar vibrava intensamente ao seu redor, e eles sentiram o abraço da morte bem próximo agora.

- Meu pássaro está faminto... – Murmurou Swain para os outros, como se reclamasse.

Espinhos saíram da terra, no instante seguinte, espalhando lama e ossos. Mas já tinham percebido a aproximação da caçadora e tiveram tempo de esquivar-se, cercando-a. Evelynn, no meio deles, começou a disparar espinhos em rápida sucessão, tentando afastá-los. Katarina, com suas facas na mão já estava em suas costas, Rumble e Tristana apontavam suas armas para ela e Ryze conjurava um feitiço.

Swain, prevendo a aproximação, havia alertado seus aliados. Que, prontos, dispararam tudo contra a assassina saída das sombras. Todos atacaram quase ao mesmo tempo. Mas quando viram ela já não estava mais ali.

- Isto termina quando eu disser – foi o som fantasmagórico saído do meio da floresta, onde uma luz verde podia ser entrevista.

- Dêem um fim a estes vermes! – Gritou Swain para os seus companheiros.

Rumble rapidamente projetou seu robô para frente e disparou seis tiros de canhão na direção onde Tresh e Evelynn se escondiam – Pensei que nunca fosse pedir!

                Mas eles se surpreenderam, quando, além do fogo, vislumbraram a silhueta dos seis guardiões da Ilha. Evelyn e Tresh, lado a lado, observando-os a distância com seus olhos zombeteiros. Mordekaiser, com sua maça apoiada nos ombros. Yorick na outra extremidade, observando-os do alto de uma rocha e Hecarim, aproximando-se pelo meio deles com sua lança.

                - Contemplem o poder da Ilha das Sombras! – Ele disse, ameaçador, enquanto saltava por cima das chamas, deixando sua voz ecoar sobre o rio onde os outros estavam. 

Os inimigos encararam-se por alguns instantes, avaliando o melhor momento de atacar.

                - Talvez se nos aproximássemos estrategicamente nós... – Começou Swain. – Ah, a quem estou enganando? Vamos nos transformar e devorar todos!

                Os espíritos que redemoinhavam nos céus investiram como aves de rapina contra os Campeões, mas eles estavam prontos para isso! E o confronto que veio a seguir foi capaz de abalar a moral de ambos os lados, pois nem um nem outro estavam ali com medo do enfrentamento. Pelo contrário, todos ali se regozijavam com o combate.

                Mas em dado momento, os seis piratas foram capazes de perceber suas forças diminuindo enquanto as de seus inimigos espectrais mantinham-se praticamente as mesmas. E, para a sua sobrevivência e conclusão da missão tiveram que recuar, e traçar uma nova estratégia, ou de fato teriam de se juntar à horda de mortos que povoava a Ilha das Sombras.

                               “Durante o tempo que andei sozinha naquele lugar, eu sentia muitos olhos me observando e o perigo, que me seguia a cada passo. A floresta parecia se mover conforme eu avançava. Uma pessoa comum jamais teria sobrevivido ao tormento que veio a seguir. Mas nenhum de nós é uma pessoa comum.” – Katarina, a Lâmina Sinistra.

27 de dezembro de 2014

FanFic de League of Legends - Um novo Campo da Justiça (3/6)



Parte III
Expedição

                “A frota foi preparada às pressas para chegar à Ilha antes do fim do Eclipse. A carta dos Altos Conselheiros falava sobre um mal que precisávamos investigar. Espero que os mantimentos durem toda a viagem. Com esta névoa e este vento soprando contra não sei se chegaremos a tempo. E, ainda estou me perguntando, por que estes seis piratas foram escolhidos para nos acompanhar?” – Capitão do Navio (Diário de Bordo –Dia 20/10)

                - Almirante, estou vendo algumas montanhas mais a frente! – Gritou um dos marujos do alto do observatório. Várias pessoas correram até a amurada da proa do navio para observar. – Estamos chegando!

                A bandeira de Demacia ondulava com o vento forte que soprava. Mas ela não representava toda a tripulação, apenas a nau de guerra que havia sido disponibilizada, havia poucos homens corajosos o bastante para aceitar esta empreitada, por isso a maior parte dos tripulantes sequer era da marinha.

                O típico som do andar do Swain ecoou pelo convés, enquanto subia as escadas, e os outros cinco que o acompanhavam vinham logo atrás. Eles raramente deixavam seus aposentos, sabiam que não eram bem quistos ali.

                O Almirante foi falar com ele, enquanto Ryze ia até a amurada ver o que estava acontecendo. Katarina saltou para o observatório, assustando o vigia.

                - Ouvi alguém dizer que estamos chegando? – Perguntou Swain.

                - Sim, Campeão. – Respondeu o Capitão do navio tentando manter a autoridade.

                - Aquilo não são montanhas... – Disse a Katarina, lá de cima.

                Com uma risada o Ryze acrescentou, encarando o capitão – Pode dar conta disso?

                Pegando sua luneta o capitão olhou pra onde o mago tatuado apontava. E viu as sombras que se aproximavam galopantes por cima das ondas. E notou que as montanhas, eram, na verdade espíritos, aos montes.

                - Vocês estão com medo? – Perguntou Fiddlesticks, escarnecendo da tripulação que se entreolhava apavorada, esperando ordens do capitão.

                Mas, mal o capitão tirou a luneta da frente dos olhos, a escuridão engolfou o navio, e uma falange de cavaleiros espectrais adentrou-o, cortando e mutilando. Hecarim, cavalgando por sobre as ondas, empalou o Almirante com sua lança.

                - Os vivos terão seu fim! - Retumbou a voz espectral.

                E o combate se deflagrou. Os gritos dos marinheiros e o som das armas se entrechocando ecoavam sobre o mar. Vez ou outra, como trovões, os tiros de canhão da Tristana e do Rumble iluminavam o navio, e a luta que era travada entre Ryze, Katarina e Hecarim podia ser vislumbrada.

                De repente, o som aterrorizante dos corvos invadiu a mente de todos e a voz rascante do espantalho se elevou sobre todas as outras.

                - TEMAM A MIM!

                O fogo começou a iluminar novamente a embarcação, o sangue escorria por entre as tábuas do assoalho. Swain controlava o timão enquanto os pássaros ao seu redor impediam os espíritos de se aproximar.

                No centro do convés, ferido, Hecarim recuou para dentro das sombras do oceano dizendo:

                - Suas almas imploram por descanso... A guerra não tem fim!

                Apenas os seis campeões ainda estavam vivos, e feridos. Viram Hecarim voltar para as sombras e desvanecer à distância. Os corpos desfigurados dos marinheiros e do comandante jaziam sem vida no chão. O silêncio súbito fazia pressão nos seus ouvidos. E foi Swain que o interrompeu:

                - Agora eu dou as ordens aqui! – Gritou Swain para os outros. – Vamos seguir a nossa jornada em direção à Ilha das Sombras!

                - Pronto pra segunda rodada – concordou Rumble calibrando o robô.

                - Ao nosso fim! – Gargalhou Fiddlesticks.

                - Suas escolhas me agradam – respondeu Katarina.

                - Uhuuul – comemorou Tristana. – Eu quero atirar em alguma coisa!

                - Vamos logo com isso! – Insistiu Ryze, correndo para a proa.

                “Não sabíamos que dia era, mas o eclipse estava quase completo e a escuridão tomava conta de todo o lugar. Não esperávamos ver o que vimos, ao chegar à ilha. A energia que aquilo emanava era assustadoramente poderosa, e se estamos aqui agora é por que... Eu não sei, talvez tenhamos tido sorte.” – Swain, o Mestre da Estratégia.

26 de dezembro de 2014

FanFic de League of Legends - Um novo Campo da Justiça (2/6)



Parte II
Ashram

"Vocês não entendem... As sombras nos consumirão!" – Ex-comandante de Demacia.

Membro do Alto-Conselho por longo tempo, Reginald Ashram mostrou-se o mais capaz de todos os invocadores. Mas ainda havia uma coisa que lhe atormentava, e a cada ano aproximava-se mais e mais. 

A morte.

Passou boa parte de sua vida pesquisando sobre formas de alcançar a imortalidade, o que lhe daria a oportunidade de aprimorar suas capacidades infinitamente. Até que ouviu falar sobre o bizarro ritual que o Rei da Ilha das Sombras – nome dado após este fato – conseguiu realizar, atingindo a vida eterna, até onde soube.

Graças à sua curiosidade seres como Mordekaiser, Tresh e Hecarim puderam ingressar na Liga. Ele avaliou-os e nomeou pessoalmente seus invocadores, descobrindo, então, os segredos de seu antigo Rei. Por isso passou a usá-los como espiões na liga.

Soube que o ritual havia ocorrido num eclipse. E aguardou ansiosamente pelo seguinte, quando viajou para a Ilha das Sombras atrás de seu maior desejo. Ele nunca mais retornou de lá, e cortou o contato com os antigos campeões...

Ao menos é o que eles acreditam, já que tem naturalmente a ambição de habitar e proteger a Ilha onde agora ele habita, impedindo que qualquer estranho adentre suas fronteiras. E ninguém nunca mais o viu, ou ouviu falar dele, a não ser em conversas sussurradas aqui e ali por curiosos ou teóricos.

Ninguém, com exceção do seu sucessor: Heywan Relivash. Que foi capaz de compreender e desvendar seu plano, mas, incapaz de suportar a verdade, teve sua razão arruinada por ele.

Afinal de contas ele ainda vive, e o poder do qual se aproxima pode engolfar toda Runeterra em Morte.

"Sozinha nos limites do mundo, as Ilhas das Sombras prometem somente a morte àqueles que acharem suas praias, seja por avareza ou infortúnio... Porém, para poucos privilegiados, o abraço gélido desta terra misteriosa traz poder inimaginável.” – Fragmento do único volume de um livro encontrado por Reginald Ashram, e agora perdido para sempre.

24 de dezembro de 2014

FanFic de League of Legends - Um novo Campo da Justiça (1/6)



Parte I


“Quando os astros se alinham,

e outubro se escurece.

Quando a Lua se esconde

e o Sol desaparece.



Vindos das ilhas das sombras,

os espíritos enlevados,

vem buscar as nossas almas.

É preciso ter cuidado.” – Cantiga comum em Bilgewater, autor desconhecido.



Mal começara o dia, as crianças já corriam pelas ruas, fantasias e máscaras serviam-lhes de disfarces. Buscando por doces e brinquedos, de casa em casa, eram a verdadeira alegria daquele lugar. O vento soprava, assoviando através das fendas nas tábuas que cobriam as casas, vindo do mar, trazendo o cheiro e umidade naturais da maresia.

A escuridão começava a se esgueirar por cada fresta que encontrava e luzes alaranjadas, provenientes de lanternas, iam duelando com as sombras, que ameaçavam cobrir tudo. Afinal, era dia 18 de outubro e o eclipse solar que havia pouco começara, anunciava o novo Harrowing.

Para aquelas crianças e os camponeses, aquele ano era apenas mais um, como outro qualquer, onde adornavam a cidade com lanternas de abóboras, contavam histórias de terror ao redor das fogueiras e cozinhavam doces e outros quitutes que distribuíam pela cidade. 

Contudo, para aqueles aptos a compreender a magia que emana da terra, havia algo mais que era trazido no vento do oeste, que soprava sobre as terras de Valoran. Uma energia funesta, que a cada ano ficava mais poderosa, vinha carregada pela espessa névoa negra.

~*~*~*~

O Alto-Conselho da Equidade, formado pelos três invocadores mais poderosos, supervisores da Liga, voltavam a discutir, debruçados sobre um mapa, qual seria a próxima ação para defender Valoran da investida dos espíritos da Ilha das Sombras.

- Não adianta apenas ficarmos aqui discutindo como defender estas terras... Temos que encontrar uma forma de parar estas ondas de poder que a Ilha das Sombras emana todos os anos! – Disse um deles.

- O que não adianta é toda vez termos que discutir esta mesma questão! – Retorquiu outro. – Se soubéssemos a causa de todo este distúrbio no mundo dos mortos, poderíamos tentar impedir seja lá o que for isso...

- Senhores. Acalmem-se, por favor. – Pediu a recém chegada Vessaria Kolminye, tentando lembrar seus iguais de sua função ali. – Nós estamos tomando as providências necessárias para descobrirmos mais sobre isso, em sigilo. Conseguimos manter incógnito para a população a verdadeira razão para o afastamento do meu predecessor... – Ela fez uma pausa observando os mais antigos, certificou-se de que tinha sua atenção e continuou - O pobre Heywan Relivash voltou louco de sua investigação na Ilha das Sombras, como sabem bem. E, se as únicas palavras que ainda o ouvimos balbuciar se mostrarem verdadeiras, nós talvez sejamos os únicos capazes de parar o homem por trás deste caos... 

“Ashram... im… imortal! Morto… mortos… Ashram! Ahh…! Ashram, não! Mortos. Ashram. Imortal.” – Louco Relivash.

- Nenhum de nossos emissários voltou vivo. – Lembrou um dos Altos Conselheiros. – Todos os navios que enviamos foram destruídos, nunca conseguimos ter notícias de nenhum homem desde o desaparecimento de Ashram, quando tudo isso começou... 

- Apenas daquela mulher que veio juntar-se à liga – disse Vessaria.

"Apesar de seu tamanho, a enorme floresta erguia-se à nossa volta como um sepulcro, o ar frio e úmido e a quietude perversa criavam sensações crescentes de paranóia e horror. Meu companheiro implorou para que eu voltasse, mas um anseio primeval me impelia adiante, mais fundo nas trevas." - Elise, a Rainha-Aranha

- Talvez seja esta a razão de nosso fracasso – Ponderaram. - Precisamos mandar pessoas realmente capazes lá, pessoas poderosas o bastante para sobreviverem. Membros da Liga!