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11 de agosto de 2013

Inspiração - Um conto de Solidão

            Não estava verdadeiramente sozinho, não, havia gente para todo o lado, não tantas como de costume, mas o vai e vêm mantinha o recinto, mesmo que relativamente movimentado. Eu saí, esperando ver a chuva.
            Não encontrei. No meu vagaroso caminhar olhava para cima esperando sentir uma primeira gota tocar-me a face. Não senti. A chuva sempre vinha, mas há algum tempo que ela não vem mais. Eu torcia para que ela caísse de repente. Sem avisar, me supreendesse. Mas não o fez.
            Estava decidido a esperar por ela, o máximo que pudesse, ou que aguentasse. Esperei. Dei mais uma olhada ao redor, torci-me todo, e torci também minha esperança começando a pensar se ela não viria mesmo.
            Não sei quanto tempo se passou. E também não queria saber, seria melhor se não soubesse. Preferia apenas acreditar que poderia, depois de tanto tempo, não tanto na verdade, já fui de esperar pela chuva por mais tempo. Mas a ardência em minha pele exigia que ela caísse agora! Eu precisava sentir seu cheiro, precisava sentí-la passando pelos meus dedos, passando seus dedos em mim. Afagando meus cabelos com o frescor natural que sempre teve.
A chuva.
            Tinha de esperar. Sentia que ela viria. Tudo indicava que sim, mas tudo passou a me dizer que não. Não me dei conta dos que me rodeavam por um tempo. Mas passou a ser inevitável não me dar. Os burburinhos aumentavam e tiravam a minha concentração. O tempo pareceu passar tão devagar. Mas pareceu ser tanto tempo.
            Olhava constantemente pelo vidro esperando ver um pingo de chuva. A cada pessoa que passava, esperava vê-la molhada. Por vezes minha imaginação me pregava peças e eu realmente as via molhadas. As vezes todas ao mesmo tempo. Podia até vislumbrar os clarões que eram os relâmpagos. Mas tudo na minha cabeça. Nada disso acontecera de fato.
            Passou-se muito mais tempo, mesmo assim não me importei. Continuei a esperar pela chuva. Queria vê-la mais uma vez. Queria sentí-la mais uma vez. Tocá-la mais uma vez. A chuva. Onde estava ela? Mas por fim ela não veio. E ouso dizer que a chuva, não era mesmo o que eu esperava. Mas nem mesmo ela, a chuva, veio.
Voltei.

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