Parte III
Expedição
“A frota foi preparada às
pressas para chegar à Ilha antes do fim do Eclipse. A carta dos Altos
Conselheiros falava sobre um mal que precisávamos investigar. Espero que os
mantimentos durem toda a viagem. Com esta névoa e este vento soprando contra
não sei se chegaremos a tempo. E, ainda estou me perguntando, por que estes
seis piratas foram escolhidos para nos acompanhar?” – Capitão do Navio
(Diário de Bordo –Dia 20/10)
-
Almirante, estou vendo algumas montanhas mais a frente! – Gritou um dos marujos
do alto do observatório. Várias pessoas correram até a amurada da proa do navio
para observar. – Estamos chegando!
A
bandeira de Demacia ondulava com o vento forte que soprava. Mas ela não
representava toda a tripulação, apenas a nau de guerra que havia sido
disponibilizada, havia poucos homens corajosos o bastante para aceitar esta
empreitada, por isso a maior parte dos tripulantes sequer era da marinha.
O
típico som do andar do Swain ecoou pelo convés, enquanto subia as escadas, e os
outros cinco que o acompanhavam vinham logo atrás. Eles raramente deixavam seus
aposentos, sabiam que não eram bem quistos ali.
O
Almirante foi falar com ele, enquanto Ryze ia até a amurada ver o que estava
acontecendo. Katarina saltou para o observatório, assustando o vigia.
- Ouvi
alguém dizer que estamos chegando? – Perguntou Swain.
- Sim,
Campeão. – Respondeu o Capitão do navio tentando manter a autoridade.
- Aquilo
não são montanhas... – Disse a Katarina, lá de cima.
Com uma
risada o Ryze acrescentou, encarando o capitão – Pode dar conta disso?
Pegando
sua luneta o capitão olhou pra onde o mago tatuado apontava. E viu as sombras
que se aproximavam galopantes por cima das ondas. E notou que as montanhas,
eram, na verdade espíritos, aos montes.
- Vocês
estão com medo? – Perguntou Fiddlesticks, escarnecendo da tripulação que se
entreolhava apavorada, esperando ordens do capitão.
Mas,
mal o capitão tirou a luneta da frente dos olhos, a escuridão engolfou o navio,
e uma falange de cavaleiros espectrais adentrou-o, cortando e mutilando.
Hecarim, cavalgando por sobre as ondas, empalou o Almirante com sua lança.
- Os
vivos terão seu fim! - Retumbou a voz espectral.
E o
combate se deflagrou. Os gritos dos marinheiros e o som das armas se
entrechocando ecoavam sobre o mar. Vez ou outra, como trovões, os tiros de
canhão da Tristana e do Rumble iluminavam o navio, e a luta que era travada
entre Ryze, Katarina e Hecarim podia ser vislumbrada.
De
repente, o som aterrorizante dos corvos invadiu a mente de todos e a voz
rascante do espantalho se elevou sobre todas as outras.
- TEMAM
A MIM!
O fogo
começou a iluminar novamente a embarcação, o sangue escorria por entre as tábuas
do assoalho. Swain controlava o timão enquanto os pássaros ao seu redor
impediam os espíritos de se aproximar.
No
centro do convés, ferido, Hecarim recuou para dentro das sombras do oceano
dizendo:
- Suas
almas imploram por descanso... A guerra não tem fim!
Apenas
os seis campeões ainda estavam vivos, e feridos. Viram Hecarim voltar para as
sombras e desvanecer à distância. Os corpos desfigurados dos marinheiros e do
comandante jaziam sem vida no chão. O silêncio súbito fazia pressão nos seus
ouvidos. E foi Swain que o interrompeu:
- Agora
eu dou as ordens aqui! – Gritou Swain para os outros. – Vamos seguir a nossa
jornada em direção à Ilha das Sombras!
-
Pronto pra segunda rodada – concordou Rumble calibrando o robô.
- Ao
nosso fim! – Gargalhou Fiddlesticks.
- Suas
escolhas me agradam – respondeu Katarina.
-
Uhuuul – comemorou Tristana. – Eu quero atirar em alguma coisa!
- Vamos
logo com isso! – Insistiu Ryze, correndo para a proa.
“Não sabíamos que dia era, mas o eclipse
estava quase completo e a escuridão tomava conta de todo o lugar. Não
esperávamos ver o que vimos, ao chegar à ilha. A energia que aquilo emanava era
assustadoramente poderosa, e se estamos aqui agora é por que... Eu não sei,
talvez tenhamos tido sorte.” – Swain, o Mestre da Estratégia.
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