Sugestões, Pedidos e Dúvidas

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29 de janeiro de 2014

Educação - Questionar também é aprender?



Uma possível resposta.


Quando aconteceu aquela guerra? Qual o nome daquele personagem? Onde ocorreu tal evento?
Como funcionava determinada política? De que forma se deu esta revolução?

Estas perguntas costumam aparecer com uma frequência decepcionante nas aulas de história, seja das escolas, seja das universidades. Mas não acho que elas sejam um verdadeiro problema quando partem dos alunos, curiosos e interessados nas descobertas do passado, e no conhecimento que ele pode nos proporcionar. Quanto mais próximos do princípio de sua travessia pelos densos campos do conhecimento, mais comum é buscar pelas respostas prontas.

Contudo, é responsabilidade do bom educador, ao meu ver, mostrar aos alunos que este tipo de informação, pura e simplesmente, por mais interessante, ou importante que possa ser, não é o que nos ajudará a crescer, intelectual e socialmente. Por que elas, por si só, como meras informações, que podem ser facilmente encontradas em qualquer site ou enciclopédia, não contribuem para uma reflexão e um questionamento que nos leve a repensar nossos próprios conceitos, não necessariamente com o intuito de transformá-los ou sequer de adequá-los, mas, pelo menos, de legitimá-los. De pô-los e nos pormos à prova.

E, com isso em mente, o professor peca, quando, em suas avaliações, ou ao longo de suas aulas, demonstra e exige dos alunos as respostas para este tipo de pergunta, o que faz com que estes acreditem estar aprendendo o que vai lhes ajudar (ou não) mais tarde. Sendo assim, um Educador que se valha da disciplina História para educar outros seres humanos deve ter isso em mente.

Mesmo que exponha os fatos históricos, junto aos alunos, que julgue interessantes para a construção de um conhecimento posterior, e isso, muitas vezes, é fundamental, o Educador deve sempre atentar para a necessidade da reflexão, do questionamento, do aprimoramento da sensibilidade dos educandos para a compreensão das mais diversas culturas e sociedades, relações pessoais que se constroem dentro e fora delas, sabendo ainda que o que se vê nos livros ou nos filmes não passa de um ponto de vista, de modo a verificarem que, ao longo de um período de estudos debruçados sobre esta disciplina, educandos e educadores puderam construir, discutir, questionar, refletir sobre e observar em si e nos outros como este conhecimento foi absorvido, composto, modelado, dotado de diversos significados e igualmente capaz de dotar outros conhecimentos.

Isso que proponho, de forma alguma exige mais ou menos 'trabalho' de um professor, apenas supõe que ele abra mão de sua centralidade no espaço convencional de ensino, propondo uma participação mais ativa por parte dos alunos. Já que estes, com suas diversas vivências, informações e conhecimentos, além de, com suas personalidades, seus anseios e suas ideias, podem, e certamente vão, contribuir em muito para os debates e discussões que envolvam os mais diversos temas históricos.

Assim, as perguntas que expus no início deste trabalho sofreriam algumas mudanças e, ao invés da versão dada, teriam sua aparência mais próxima disto: Por que aconteceu aquela guerra? Por que o nome daquele personagem 'sobrevive'? Por que ocorreu tal evento? Por que funcionava determinada política? Por que se deu esta revolução?

Muito disso que escrevi, e que penso, vem sendo montado em minha cabeça à partir das experiências que tive junto à equipe de educadores do Projeto Construindo o Saber, onde leciono, também junto de meus maravilhosos companheiros e membros do Projeto Vivendo a História, e na universidade. Estes espaços riquíssimos de discussão permitiram e forçaram a minha reflexão sobre educação, me fizeram olhar para meu ensino básico e médio com outros olhos, para a minha vida, para minhas relações pessoais com o mundo.

E muitos dos meus atuais questionamentos giram em torno das seguintes perguntas: Por que vamos a escola/universidade? O que fazemos ou o que deveríamos estar fazendo lá? O que é conhecimento? Apenas "conseguimos" conhecimentos na escola/universidade? Por que dizem que provas avaliam Conhecimento? Qual a minha função enquanto educador? É possível chegar a uma "verdade" para cada uma destas perguntas?

É possível chegar a uma verdade?
 

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