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1 de agosto de 2017

À caminho de casa

Justo agora, à caminho de casa, dei-me conta de algo que pareceu-me acertadíssimo sobre Perfeição.

Não sobre o que é perfeição. Afinal, por mais que definir esta palavra possa parecer fácil, definir, ‘perfeitamente’, o que ela quer dizer na prática, é quase impossível. Me parece ser como contar até infinito, ou caminhar até o horizonte.

Pensei então em figuras que geralmente são consideradas perfeitas, ou que ao menos nos servem de exemplo para entender a perfeição. E nem mesmo elas o são. Por que, como é possível ser perfeito? Vivemos em um mundo com outros seres humanos, e a perfeição não funciona em sociedade.

Em cada canto dizem uma coisa. Nesta porção do mundo, cristã, somos pautados por uma moral dicotômica de certo e errado, de bem e mal, do belo e do horrível... E mesmo que seguíssemos os passos de Jesus um camarada, que até mesmo eu, ateu, tenho grande respeito e admiração, acabaríamos de um modo ou de outro apenas mortos, como ele. Já que pra uma galera daquela época a perfeição dele não servia.

Vivemos em um mundo onde há muitas diferentes perfeições.

Talvez seja essa a dantesca causa da dificuldade de definir Perfeição.

No entanto, há nisso tudo um outro problema – Gerado por estas expectativas coletivas com relação a própria humanidade: Por que é que queremos ser perfeitos?

As religiões, os mitos, os heróis, tantas destas histórias nos fazem crer em super humanos, nos fazem crer que existe uma elite de seres humanos tão, mas tão fodas, que nós precisamos ser sempre melhores. Que precisamos, ao menos um dia, ser perfeitos.

E se parássemos por uns instantes de tentarmos “ser perfeitos” e apenas “ser”?

Talvez aflorassem alguns monstros. Talvez aflorasse o que sentimos de verdade, quem, verdadeiramente, queremos ser. Talvez o que somos seja muito feio, terrível até. Mas essa feiura é de verdade? Nós realmente nos achamos tão terríveis assim, por pensar o que pensamos, por sentir o que sentimos? Ou a lente que nosso povo nos deu para nos olharmos é que nos distorce tão brutalmente a ponto de não nos reconhecermos?

Nos fazem acreditar que somos míopes de alma. Nos mostram umas almas, então, para servir de referência. – É assim que você tem que ser. Siga o exemplo. Dê o exemplo.

Nos negamos o tempo todo, pois queremos ser perfeitos.

Se é que queremos ser perfeitos. Pra quê? E pra quem?

Mas sempre tentamos. E bem quando achamos que estamos chegando mais perto, vem alguém nos dizer que não é assim. Vem alguém e nos crucifica, vem alguém e ateia fogo em nosso corpo, vem alguém e nos bate na rua, vem alguém e nos xinga no trânsito, vem alguém e grita conosco no trabalho, vem alguém e nos educa na escola, vem alguém e nos ama em casa.

A perfeição... é nossa, ou deles?

Quem sabe seja uma perfeição coletiva... Besteira.

Será que uma ou outra religião que é perfeita? Uma está certa e as demais equivocadas?!

É uma identidade só que posso ter? Ou várias? Mas tenho que ser menino, né?

E o que eu sou? E o que eu quero ser? E o que eu posso ser?

Só é perfeito se eu tiver o aval?

O teu aval?

Meu ovo.

Estou à caminho de casa.
E nela eu sou quem eu quiser ser.
E você também deveria, ou não. Seja sua própria perfeição.

Mas seja.

Não deixemos de Ser.

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